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18 janeiro, 2011

"Reflexões de um Liquidificador" foi a melhor surpresa do cinema brasileiro em 2010

Minha lista de Melhores de 2010 em Cinema Brasileiro:

Melhores Filmes:
1 - "OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE"
2 - "O BEM AMADO"
3 - "REFLEXÕES DE UM LIQUIDIFICADOR"

Melhores Diretores:
1 - ESMIR FILHO em "Os Famosos e os Duendes da Morte"
2 - JOSÉ PADILHA EM "TROPA DE ELITE 2"
3 - ANDRÉ KLOTZEL em "Reflexões de um Liquidificador"



Melhores Atores:
1 - MARCO NANINI em "O Bem Amado"
2 - MARAT DESCARTES em "Os Inquilinos"
3 - CAIO BLAT em "Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos"



Melhor Atriz:
ANA LÚCIA TORRE em "Reflexões de um Liquidificador"


Melhores Atores Coadjuvantes:
1 - IRANDHIR SANTOS em "Tropa de Elite 2" e "Olhos Azuis"
2 - MARCOS CESANA em "Lula" e "Reflexões de um Liquidificador"
3 - LUIS MIRANDA em "Quincas Berro D'Água"

Melhores Atrizes Coadjuvantes:
1 - ÁUREA BATISTA em "Os Famosos e os Duendes da Morte"
2 - DRICA MORAES em "O Bem Amado"
3 - FABIULA NASCIMENTO em "Reflexões de um Liquidificador"


Melhor Roteiro Original:  "Reflexões de um Liquidificador" (José Antônio de Souza)

Melhor Roteiro Adaptado: "Os Famosos e os Duendes da Morte" (Esmir Filho, baseado no livro de Ismail Caneppelle)

Melhor Fotografia: "Os Famosos e os Duendes da Morte" (Mauro Pinheiro Jr.)

Melhor Direção de Arte:  "O Bem Amado"  (Claudio Amaral Peixoto)

Melhor Figurino:  "O Bem Amado" (Claudia Kopke)

Melhor Trilha Sonora:  "Os Famosos e os Duendes da Morte" (Nelo Johann)


Melhor Edição:  "O Bem Amado"  (Caio Cobra)   



Melhor Documentário:  "DZI CROQUETTES", de Raphael Alvarez e Tatiana Issa


Revelações de 2010:
1 - Henrique Larré em "Os Famosos e os Duendes da Morte"
2 - Francisco Miguez em "As Melhores Coisas do Mundo"
3 - Samuel Reginatto em "Os Famosos e os Duendes da Morte"

15 janeiro, 2011

"ROSA DE VIDRO", que reestreia em São Paulo, é um espetáculo de alma grandiosa.

Depois de dois anos, o delicado espetáculo "ROSA DE VIDRO" reestreia no Sesc Consolação. O tocante texto de JOÃO FÁBIO CABRAL (de "Delicadeza", "Flores Brancas" e "Tanto), cuja meticulosa e apaixonada pesquisa (com mesclas biográficas e ficcionais) sobre a vida do dramaturgo americano Tennessee Williams resultou em um peça surpreendente, composta por um refinamento poético, uma beleza sórdida e dolorida e uma construção cativante dos quatro personagens que se revelam - e se desdobram, assim como o cenário - em suas angústias, ressentimentos, solidões, desejos reprimidos e liberdades engasgadas.

A direção de arte de André Cortez cria uma cenografia de cores sóbrias e linhas simples. Uma casa de vidro, capacete de desespero da protagonista, cheia de objetos cristalinos reflete o sufoco e a tristeza daquele lar e a ponta de uma espécie de tapete faz as vezes do cachorro Jiggs, numa solução bonita.  Um revestimento basal no chão do palco, em tecido que se revela, a cada cena, em uma nova textura e cor diferente. O figurino de Benê Calistro utiliza o mesmo tecido destes desdobramentos nas meias-calças de alguns personagens, causando impacto visual e organicidade do elenco com a ambientação.
A iluminação de Fábio Retti resgata emoções nostálgicas, fazendo o público viajar até os anos 40 e 50. Aline Meyer mostra competência na sonoplastia, ressuscitando discos de vinil de Marvin Gaye e a clássica "Once Upon a Summertime", na voz de Blossom Dearie. Utiliza também com adequação a versão pop de "Over the Rainbow", na voz do havaiano Israel Kamakawiwo.
O detalhista trabalho de direção de RUY CORTEZ faz com que olhares, gestos, palavras, trechos de canções, pedras atiradas num lago e densos silêncios sejam absorvidos pela plateia com entusiasmo, emoções diversas e lágrimas.
No elenco é difícil constatar quem está melhor.
A ascendente JULIA BOBROW (que este ano esteve tocante na premiada "Roberto Zucco") é o centro, a alma e o coração de "Rosa de Vidro". A atriz, com inteligência e intuição, soube construir Rose, uma jovem esquizofrênica, de maneira encantadora e exasperada, causando compaixão, admiração e exalando talento e poesia no palco.
GILDA NOMACCE interpreta a mãe egoísta e severa, de forma segura, intensa e algo tragicômica. Uma mulher às voltas com as convenções retrógradas de sua época e as imposições de seus instintos.
TALES PENTEADO é Tom (o nome verdadeiro de Tennessee Williams era Thomas), o jovem dramaturgo preenchido pelo amor infinito que sente pela irmã, as rusgas com a mãe, o lar sufocante, a vontade de "ouvir o mundo" e a homossexualidade entalada no armário. Uma grande força cênica e um registro maduro de atuação.
RICARDO GELLI é o amigo Jim, que inicialmente surge como um coadjuvante com poucas falas e de repente arrebata o público com a construção e o desenho de um personagem luminoso, que cativa através dos mínimos gestos.
"ROSA DE VIDRO" é um espetáculo de alma grandiosa. Terrível e humano.
Em cartaz no Sesc Consolação. Quintas e Sextas às 21h. Até 25 de Fevereiro.

12 janeiro, 2011

Quem serão os vencedores do Globo de Ouro, próximo domingo?

Minhas apostas para o Globo de Ouro, nas categorias de cinema.

Filme (Drama): "A REDE SOCIAL" (The Social Network)

Direção:  DAVID FINCHER, "A Rede Social"

Ator (Drama):  COLIN FIRTH, "O Discurso do Rei"

Atriz (Drama):  NATALIE PORTMAN, "O Cisne Negro"

Ator Coadjuvante:  CHRISTIAN BALE, "O Vencedor"

Atriz Coadjuvante:  JACKIE WEAVER, "Animal Kingdom"

Filme (Comédia ou Musical):  "MINHAS MÃES E MEU PAI" (The Kids Are Alright)


Ator (Comédia ou Musical):  PAUL GIAMATTI, "Barney's Version"  

Atriz (Comédia ou Musical): ANNETTE BENING, "Minhas Mães e Meu Pai"  

Roteiro:  "A Rede Social" (Aaron Sorkin)

Animação:  "Toy Story 3"  

Trilha Sonora:  "A Rede Social" (Trent Reznor e Atticus Ross)

Canção:  "You Haven't Seen the Last of Me", "Burlesque"

Filme Estrangeiro:  "I am Love" (Itália)